quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mandamento

Não seja ingênuo. A primeira coisa que eu vou fazer não será olhar no fundo dos seus olhos. Mulher solteira (e decente) pega um hábito que vira mania, até TOC.
Eu confesso, eu vou olhar para as suas mãos. Não que eu tenha tara por mãos. Claro que tem mão que é um tesão, mas me poupe, porque a essa altura, isso pouco me importa. A essa altura, eu tenho foco, portanto, cadê a sua aliança?!
Pois é, eu entrei no supermercado, vi um cara interessante, olhei para a mão direita, nada. Para a esquerda, só relógio no pulso. Opa! Oba!
Água mineral, banana, peito de peru, lasanha congelada.
E lá no meio dos frios, uma cesta caiu bem na minha frente. Eu me abaixei para pegar. No que eu me curvei, um mendigo (isso mesmo, perseguição!) de barba branca me ameaçou com a bengala e começou a gritar comigo. Azar do velho, porque quem me conhece sabe que eu tenho 364 dias de paz e 1 dia de fúria e ele escolheu O DIA para apontar a bengala no meu nariz. Não me segurei e o mandei a merda! Agora só o que me faltava eu ser ofendida por ser gentil?! Gentileza gera Ofensa por acaso?! Até parece que furei a fila do preferencial!
E lá estava o banguela da bengala parecendo o Moisés, profetizando palavras inaudíveis, incompreensíveis, chinesas.
...E de repente eis que o céu se abriu e o Todo Poderoso sem aliança apareceu e ficou ao meu lado. Moisés fugiu.
Moral da história: “não cobiçarás o homem da tua próxima”.
Eis a minha recompensa!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eu e eu mesma

Hoje eu tive um dia daqueles: daqueles que as minhas amigas viram e falam "mas essas coisas só acontecem com você!" Estava caminhando tranquilamente pela Oscar Freire no fim do dia. Um cara me parou para pedir uma informação. Agradeceu, deu alguns passos, deu meia volta e disse "Vai parecer muito estranho, mas eu vou me arrepender profundamente se não te disser que te achei linda. Quando você começou a falar, explicar o caminho, esse sorriso, esse jeito, eu fiquei encantado" Sim, isso pode ter sido um tremendo xaveco furado, mas dane-se, eu adorei. Fiquei muito surpresa, ainda mais porque desta vez não se tratava de um mendigo rsrs* muito pelo contrário. Um lindo sorriso de olhos azuis. E fiquei refletindo que minhas amigas tem razão... Essas coisas sempre acontecem comigo. Já fui abordada das mais diversas, curiosas e inusitadas formas, desde livraria, na fila do cinema, no mcdonalds, um cara que saiu correndo na rodoviária, na praça de alimentação do shopping e pasmem, no hospital, eu tomando tramal na veia com a maior enxaqueca da face da terra e o cara ao lado tomando glicose kkkk Perdi as contas. Isso não é mel e não sou linda de morrer. Sabe o que todas essas histórias tem em comum? Em todas, todas essas situações eu estava sozinha. E essas coisas acontecem comigo porque eu não saio com uma penca de mulheres, intimidando até o Cauã Reymond. Portanto, amiga solteira E sozinha, naqueles dias em que não tiver companhia, em que até a sua mãe recusará o seu convite, sem problemas: saia para dar uma caminhada, vá ao cinema, almoce e jante, você com você mesma. Não tenha medo de ser e estar sozinha as vezes, pois te garanto histórias divertidíssimas, afinal atrás de uma mulher sozinha, tem sempre um homem corajoso!  
*http://sassarikando.blogspot.com.br/2013/03/heroes.html

domingo, 7 de abril de 2013

Strangeland


Estava decidido. Eu não iria mais a shows. Ai que preguiça, que canseira, que muvuca. Falta de organização e preços exorbitantes. Abri o jornal e a minha intuição logo me convenceu. Em 5 segundos eu mudei de opinião: "Grupo inglês Keane fará apresentação em São Paulo". E lá eu estava, no dia 03 de abril. Eu, eu mesma aos 30 e a Sayuri de 23 anos. Porque a música tem a incrível capacidade de nos levar, de nos levar a "somewhere only we know": e em segundos eu voltei à época da faculdade, em Londrina, aos 23, na prancheta rodando madrugadas para terminar o projeto com a turma, curtindo aquela canção na sala com as meninas da república, na mesa do bar que costumávamos frequentar. Por onde andaria o meu amor daquela época? De repente uma luz me trouxe de volta. Feliz eu pensei como a vida me deu boas músicas. Uma luz me trouxe de volta e piscou "Strangeland". E lá estava eu, na cidade grande, aos 30, muitas músicas depois. Uma luz me trouxe até aqui.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Atchim

Lenços de papel. Resfenol. Chá Vicky. Nariz vermelho. Dores no corpo. Atchim! Canjinha da mãe... 3 minutos depois o microondas apitou. Acordei. Atchim! Foi só um delírio. Canja nada. Cup noodles - as dores e delícias de morar só.

terça-feira, 19 de março de 2013

Algumas coisas a gente não esquece

Tipo, a clássica: andar de bicicleta. Já contei os meus motivos* de, enfim, voltar a academia. Pois eu escolhi esse dia a dedo: o dia mais frio do ano, garoando e para completar, "naqueles dias". Haja desculpa para não ir, mas pensando no velhinho* (ou na falta de)... Eu persisti. E como algumas coisas a gente não esquece: lá fui eu e ajustei o assento no ossinho do quadril e a carga no mínimo, afinal, eu tô (re) começando. É justo. Tudo bem que lá pelas tantas o professor percebeu que estava muito leve e eu "dançava" na bike, mandou "Belisca essa carga. Aqui não é aula de dança". Depois de tanto "beliscar" eu já não aguentava mais, estava sem fôlego, em tontura iminente. Morta. E confesso, pensei em desistir, mas ai eu pensei. Não, eu não pensei no velhinho de novo. Pensei no meu muso mor: Ricardo Tozzi. E aí me ocorreu que ele poderia estar pedalando logo ali ao meu lado com aquele charmoso sorriso de canto. Já pensou que mico que seria se eu desistisse ali? Não, eu não poderia decepcioná-lo. Sei que isso parece loucura, mas dane-se. A mente é minha. A mente é sua. Pense em quem você quiser. No seu marido, na sua namorada, na Lara Croft ou no Thor. Use a mente a seu favor e quando pensar em desistir, pense naquela pessoa especial. Se o seu coração está vago, como o meu, invente e preencha. Vai na minha que funciona! Depois de pedalar feliz ao lado do meu muso, cai na real: a trilha do Marron 5 anunciava o final da aula. Ufa!
Até amanhã, Ricardo Tozzi. Eu te encontro na linha de chegada. Running class.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Amor e Saúde

Há algumas semanas, assisti o premiado filme "Amor", que conta a história de um casal de idosos que enfrentam uma dura rotina quando a esposa adoece. Rotina que pode ser de qualquer um de nós. Ao acabar o filme e o proposital silêncio nos créditos finais, olhei para os lados e pensei comigo "Com tantas pessoas sozinhas, o que serão delas? Será que terão um velhinho (a) fiel e dedicado para cuidar delas?" Enquanto a moça ao meu lado aos prantos chorava, eu me levantei e fui direto procurar uma academia. Já que arrumar um bom velhinho está difícil, é melhor me garantir. Para alguns aquele Amor virou Tristeza. Para mim, Saúde. Fui correr.

Perdas e Ganhos

Afinal tudo nesta vida é relativo. Quem fica feliz em perder?! Mas que tal perder a novela porque estava num bar com a melhor amiga? Perder tempo com um cara gato? Perder as contas de quantas vezes você chorou de rir com os seus irmãos? Ou então perder a voz no show da sua banda favorita? Eu me sinto num momento desses... eu estou muito feliz em perder.
Perdi 6kg, 5cm de cintura, 3 calças e 1 saia =)
Ganhei 2 furinhos no cinto, auto-estima e a saúde agradece!
E que venham as perdas, afinal com elas, podemos ter muitos ganhos nesta vida!